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Obesidade infantil quase quadruplicou nas últimas 3 décadas e pode acarretar sérios problemas de saúde a jovens adultos, alerta especialista da Funfarme

03/06/2021 - Marketing e Comunicação

O dia 3 de junho, quinta, chama atenção da população para a Conscientização da Obesidade Infantil. A data foi estipulada principalmente por causa de uma explosão de novos casos no Brasil, entre crianças de 5 a 9 anos, nos últimos 30 anos. De acordo com um comparativo feito entre a Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição/PNSN de 1989 e a Pesquisa de Orçamentos Familiares feita entre 2008-2009, a frequência de sobrepeso nesta faixa etária aumentou, aproximadamente, de 9% para 33%, ou seja, os casos praticamente quadruplicaram.

O médico endocrinologista pediátrico do Ambulatório de Especialidades da Fundação Faculdade Regional de Medicina de Rio Preto, Funfarme, Dr. Sebastião Camargo Schmidt Neto, o estilo de vida com o aumento do tempo das crianças diante as telas, por exemplo, e o próprio isolamento da pandemia, levou às crianças a comerem mais e praticar menos atividades físicas.

“Existem duas modalidades de atividades que as crianças costumam praticar, as programadas e as não-programadas. Isto quer dizer, natação, futebol, artes marciais, balé e etc são aquelas que têm dia e hora para acontecer. Já as não-programadas, correspondem àquelas brincadeiras de rua, pega-pega, esconde-esconde, amarelinha, pega-bandeira e etc. Ambas as práticas decaíram muito ao longo dos anos, pois foram substituídas por videogames, tablets e celulares, as famílias se isolaram mais por insegurança nas ruas e assim por diante”, explica o endocrinologista.

Outro problema relatado pelo especialista é a mudança de estilo de vida e alimentação ultraprocessada. “O ritmo das famílias mudou e, com isso, a forma como pais e filhos relacionam-se com a comida e com as atividades diárias também. Tudo tornou-se muito rápido para dar tempo de cumprir com as agendas e etc. Para a medicina e a saúde pública, a obesidade infantil e todos estes fatores podem sobrecarregar o sistema de saúde em duas décadas, já que as crianças de hoje, provavelmente, desenvolverão muitas comorbidades”, ressalta Dr. Sebastião Schmidt Neto.

Para evitar este tipo de problema ou combatê-lo, o médico sugere uma união entre todos os familiares para uma mudança de hábitos. “Não existem culpados. É importante é criar este ambiente harmonioso, em que todos têm o mesmo objetivo. O primeiro passo é identificar o problema e neste momento o médico pode te ajudar. Além disso, mudar hábitos alimentares e incentivar atividades físicas podem ajudar a diminuir o sobrepeso, evitando possíveis problemas de saúde”, aconselha o médico.

Somente no Ambulatório de Especialidades da Funfarme foram 539 pacientes atendidos, com idade entre 0 e 16 anos, para obesidade infantil, entre 2018 e 2020. O endocrinologista pontua, por fim, que “atendemos menos em anos de pandemia para assegurarmos as medidas de proteção contra o coronavírus. Nosso maior receio tem sido justamente esta crise sanitária mundial, já que o isolamento reforçou ainda mais o sedentarismo. O quanto antes esta mudança começar as mudanças no estilo de vida, melhor será. Assim, não pagaremos para ver”.

 

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