Funfarme amplia TMO e passa a fazer transplante de medula óssea também em crianças - Hospital da Criança e Maternidade

Funfarme amplia TMO e passa a fazer transplante de medula óssea também em crianças

12/02/2020

Instituição criou uma nova Unidade especializada no HCM e irá receber 48 casos anualmente

A Funfarme ampliou o Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) e, agora, passa a fazer o procedimento também em crianças com menos de 15 anos. Para isso, foi criada uma Unidade no 8º andar do Hospital da Criança e Maternidade (HCM) com 4 quartos de enfermaria e 8 leitos, equipados com aparelhos de última geração para receber os pacientes pré e pós-transplante.

Atualmente, o Serviço tem quatro pacientes que devem passar pelo procedimento entre fevereiro e março. Para atender à demanda, a Unidade de Transplante de Medula Pediátrico (UTMO Ped) conta com equipe especializada em atendimento infantil; são seis profissionais de enfermagem, cinco multidisciplinares, três médicos, entre eles uma hematologista pediátrica especialista em TMO, uma oncologista pediátrica e um responsável técnico pelo Serviço (adulto e pediátrico).

Para o responsável pelas Unidades de TMO da Fundação, Dr. João Victor Piccolo Feliciano, hematologista especializado em transplante, haverá um aumento no número de procedimentos que beneficiará crianças da região e do Brasil todo. “A expectativa inicial de atendimentos é de 24 transplantes por ano em pediatria (atendimento de crianças menores que 15 anos), gerando um aumento maior que 10% no total de transplantes institucionais de medula óssea, caso esta meta seja atingida”, explica o médico.

A Unidade começou a funcionar em agosto de 2019 e no dia 16 daquele mês aconteceu o primeiro transplante, em um menino de 7 anos. Aos poucos, o setor foi se estruturando e está preparado para fazer os três tipos de transplantes de medula possíveis em crianças. Até agora, já foram realizados cinco procedimentos, dois autólogos e três alogênicos, dentre estes, dois aparentados e um não-aparentado.

Tipos de transplantes

Os três tipos são: autólogo, quando se tira a medula do paciente e a recoloca depois de tratá-lo; o alogênico aparentado, quando o receptor recebe o tecido de um parente próximo, geralmente pai, mãe ou irmão de mesmos pais; e o alogênico não-aparentado, que é quando se transplanta a medula de um doador que tem a compatibilidade com o paciente, mas não tem vínculo familiar com ele.

 

Uma nova vida para o flamenguista Luiz Felipe

Luiz Felipe Mendanha Ferreira, 8 anos, foi um dos primeiros a passar pelo procedimento na nova Unidade, no dia 13 de dezembro de 2019. Ele veio encaminhado de um hospital de Goiânia (Goiás) e recebeu a medula do pai, Walteir Farreira. A mãe, Janslene, diz que a família ficou impressionada com a estrutura do HCM. “Nem parece SUS. Viemos de uma instituição lá do nosso estado bastante diferente. Quando chegamos neste hospital, nem acreditávamos que era saúde pública. Além disso, não temos palavras para descrever o tamanho da atenção dada por toda equipe ao Luiz”, elogia a mãe.

Torcedor fanático do Flamengo, Luiz Felipe recebeu a autorização médica para assistir à final do Mundial de Clubes, disputada entre Liverpool (time inglês) e o “Mengão”, no dia 21 de dezembro, junto a família. “Fizeram pipoca e mandaram lá no meu quarto! Além disso, deixaram meus pais e minha irmã ficarem mais tempo comigo, para que a gente conseguisse ver o jogo todo. Foi muito legal, apesar do Flamengo ter perdido”, conta o menino. “Este atendimento humanizado, com certeza, foi fundamental para a eficácia do tratamento e para a ´pega da medula’ do Luiz; é um novo vigor para ele”, conclui feliz a mãe.

 


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